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VI Mostra de Arte Contemporânea Lote 7
O nome “Lote 7” surgiu no momento em que precisava nomear um projeto advindo da experiência no museu. Além de convidar artistas de expressão para cada edição, a intenção é dar espaço a novos artistas.
Lote é usado para identificar um grupo de itens que foram produzidos na mesma época e lugar, porém gosto de pensar lote como uma das partes de um todo. O sete vem da numerologia, são inúmeros os significados para ele, “é um número sagrado, perfeito e poderoso”, afirmou Pitágoras, matemático e pai da numerologia, sendo juntamente com todos os números ímpares considerados mágicos.
Denílson Antonio, coordenador do setor educativo do Museu Hassis, firma a ideia de uma mostra anual chegando a sua sexta edição. A mostra tem a intenção de ter sete edições, abrindo assim um espaço para discussão sobre arte contemporânea. O sul possui uma produção intensa e tornar pública a produção dos artistas, é um dos objetivos, A finalização do projeto conta com um catálogo, com registro de todas as edições.
A sexta Mostra de arte Contemporânea Lote 7 tem a intenção de exibir o que está sendo produzido na atualidade, onde cada artista possa estar livre a mostrar o que ele pesquisa, tentando contemplar as mais variadas linguagens..
Das definições do que é ser contemporâneo, Agamben tem uma das que mais gosto “contemporâneo é aquele que mantém fixo o olhar no seu tempo, para nele perceber não as luzes, mas o escuro”. Olhar para nosso tempo significa perceber esse tempo, o que cerca a arte hoje poderá ser compreendida amanhã. Contemporâneo quer dizer com nosso tempo, ou o que é do tempo atual. Podemos compreender como o contemporâneo busca provocar o outro a pensar, refletir sobre algo de outra forma, olhar por outro ângulo, estimular um novo dialogo, a qualquer um que propõe-se a encará-la, quando essa conversa é atingida, a arte contemporânea o toma, domina e a partir daí, uma obra que não alcança o interlocutor, passa a não fazer sentido, e falta de compreensão incomoda, faz alguns desistirem de tentar entender, embora outros vão ao limite, para aproximar-se e não só se deleitar com prazeres visuais, mas além disso, elevar sua compreensão, através das mais variadas produções e pesquisas artísticas, suas linguagens e suas possíveis interlocuções.
Artistas Participantes:
Ana Carolina Nogueira
Jeanne Sanches
Karina Segantini
Marisete Colbeich
Morru
Priscila Costa Oliveira
Péricles Gandi
Yasmine Bressan
Sandra Correia Fávero
Texto Curatorial
Pensar a exposição através de meu tempo, olhar para o que está sendo produzido agora, como estamos lendo nossa contemporaneidade, o que queremos apresentar como arte e discutir. Acredito que vivemos em um tempo em que não podemos dizer o que é arte, mas sim quando é arte, em que espaço ou circunstância ela acontece, que discussão ela apresenta e o que ela nos motiva a pensar. Degas dizia que uma obra é o resultado de uma série de operações, cálculos de uma matemática particular por meio dos quais o artista tenta responder aos problemas que a sua relação com o espaço, com a forma e com a cor suscita. Hoje esse conceito vai além e esses “cálculos” estendem- se a relação com o outro, perdendo a racionalidade e se tornando uma arte que fala por si, que dialoga com o interlocutor. Assim como nas outras edições a intenção é instigar o debate discutir quando uma obra passa a ser Arte
Data de abertura: 07/12/2017
Horário: 19:30 hs
Encerramento: 27/02/2018
Local: Museu Hassis.
Rua Luiz da Costa Freysleben, 87 – Itaguaçu Florianópolis – SC, 88085-500.
Contato para agendamento de visitas: educarte@fundacaohassis.org.br